Ferro de passar, colher e pó de arroz eram truques de beleza!

Ficar bonita nem sempre foi fácil como nos dias de hoje, com todas as opções de produtos e de aparelhos disponíveis. Antigamente, nos tempos de minha avó, quem queria se produzir precisava recorrer a métodos pouco ortodoxos, como alisar o cabelo usando ferro de passar ou curvar os cílios com a ajuda de uma colher.

Não é mentira, não! Veja só como as coisas eram mais difíceis:

Ferro de passar roupa x Chapinha

Antigamente, a preparação para balada incluía uns bons minutos com a cabeça deitada em cima da tábua de passar, momento em que, em vez da atual chapinha, o ferro de passar era a ferramenta para alisar as madeixas. O método, no entanto, não era lá muito saudável para o cabelo. “Podia gerar um dano físico, com a perda da estrutura do fio”, explica o dermatologista Geraldo Magela. A chapinha, por sua vez, é feita de um material menos agressivo e sua temperatura não é tão quente, o que afeta menos as madeixas.

Azeite de oliva x Demaquilante

Demaquilante era artigo de luxo, antigamente (e não existia até meados dos anos 1970 – até então, eram usados os leites de limpeza facial, caríssimos!). O jeito, então, era apelar para o azeite de oliva. De acordo com a dermatologista Monica Aribi, o que fazia o produto ser eficaz para retirar a maquiagem é o fato de ele ser um óleo. “Mas é contra indicado porque o índice de acido graxo é muito alto para a pele, isso pode resultar em acne”, alerta a dermatologista.

Pasta de dentes x Secativos para espinhas

Antigamente, quando aparecia uma espinha no seu rosto bem no dia em que você tinha um encontro, era de conhecimento geral o melhor produto para acabar logo com ela: pasta de dente. “A pasta tem componentes secativos, mas não é o ideal porque essas substâncias não vão só secar a espinha, mas também queimar a pele em volta”, explica a dermatologista.

Colher x Curvex

Antes da popularização do curvex, a colher era a melhor amiga da mulher que queria cílios de boneca. A técnica era simples: encaixar os fios no lado côncavo e pressioná-los com cuidado. Ela é usada até hoje por ninguém menos do que Gisele Bündchen. Segundo o maquiador Porfírio Passos, do Studio W Higienópolis, em São Paulo (SP), o método não faz mal se feito corretamente. “O efeito não é tão eficaz, mas ainda pode ser usado em uma emergência”, opina o profissional.

Permanente x Babyliss

Enquanto hoje as pessoas correm para o salão para alisar o cabelo com processos químicos, nos anos 1980 as mulheres faziam o contrário: cacheavam o cabelo com a permanente. O procedimento danificava e modificava a estrutura dos cabelos. A nossa sorte foi a invenção do babyliss, o que diminuiu a procura do processo nos salões. “Essa evolução permitiu ter cabelos cacheados em minutos, trazendo mais praticidade”, indica o cabeleireiro Fernando de Jesus do Werner Coiffeur, no Rio de Janeiro (RJ).

Pó de arroz x Pó translúcido

Entrar em um quarto em que uma mulher havia acabado de passar pó de arroz era garantia de uma crise de tosse. O cosmético, uma mistura de talco inodoro e pigmentos suaves, era usado para deixar a pele com um aspecto mais bonito e uniforme. “Mas, geralmente, deixava a pele com tom bem mais claro”, explica o maquiador Porfírio Passos. Com o passar dos anos, a pele com aspecto cada vez mais natural ganhou força e o pó translúcido, cuja textura é leve e ajuda a tirar o brilho da tez, se tornou o queridinho.

 

 

 

 

Carolina Maggi, UOL

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