A máquina mais inútil do mundo

 Mas ele não era um doidão que só ficava inventando máquinas malucas – ele construiu essa caixa nas suas horas vagas… De fato, Claude Shannon, matemático americano, é considerado o fundador da era da comunicação eletrônica. Enquanto trabalhava no laboratório criado por Graham Bell, conseguiu explicar o problema fundamental da comunicação de maneira quantitativa: a unidade básica de informação é uma situação de “sim-não”. Ou algo é ou não é. Isso pode ser expressado através da álgebra binária booleana por meio dos números 1 e 0, onde 1 significa “sim” (ou ligado) e 0 significa “não” (ou desligado). Esse é hoje o “sistema nervoso” de cada computador no mundo.

Voltando à caixa inútil, Shannon adorava inventar coisas (ele tinha uma máquina de jogar xadrez), e sua criação continua despertando o interesse de outros “gênios malucos”, que se dedicam a aperfeiçoá-la. Por exemplo, o estudante universitário japonês conhecido apenas pelo nome de Kairoshi, que em japonês significa “mestre dos circuitos”, colocou pequenas rodas embaixo do aparelho, além de luzes LED que poderiam expressar sentimentos no aparelho. Essa genial e inútil invenção ganhou o nome de “Hikikomori Inteiramente Automático”. Em japonês, “hikikomori” se refere aos adolescentes e adultos sem vida social, que passam grande parte de seu dia trancados em casa.

Outro gênio desses apresentou recentemente uma nova versão da Caixa Inútil original. Ele a dotou de inúmeros botões e basta acionar qualquer um deles e em qualquer ordem para que a máquina os desligue, na mesma sequência. Apesar de não ter utilidade nenhuma, o gadget, desenvolvido a partir de uma impressora velha, é divertido e com certeza tem seu mérito.

Eu passaria horas brincando com isso!