O bichão e o outro monstro teriam sido vizinhos 🤨

Não, essa foto não é do monstro do Lago Ness, na Escócia – e sobre o qual falei há poucos dias aqui. Seria a foto do Nahuelito, o primo sul-americano dele!

Vou explicar: há 100 anos, a imprensa argentina e internacional acompanhava empolgada o que poderia ser a descoberta paleontológica do século. Boatos indicavam que, em um lago do país, havia um plesiossauro, animal aquático enorme que foi extinto junto com os dinossauros milhões de anos atrás.

Caçadores e curiosos começaram inúmeras buscas pela Argentina tentando descobrir em qual lago o monstro estaria escondido, porque os relatos nunca tinha sido claros a esse respeito. Até que… um pessoal de Bariloche, estância turística às margens do lago Nahuel Huapi, afirmou ter capturado o plesiossauro. A repercussão foi grande, mas era só uma pegadinha: um empresário da cidade encomendara um carro alegórico em homenagem à criatura.

O lago Nahuel Huapi

O monstro passou a fazer parte do folclore local e ganhou o carinhoso apelido de Nahuelito, assim como seu primo (ou prima, sei lá…) é chamado de Nessie pelos escoceses. E, do mesmo modo que ocorre por lá, inúmeros relatos de avistamentos continuam sendo divulgados, mas também sem provas.

Bem, você pode estar se perguntando o que tem a ver o simpático Nahuelito com aquele outro monstro, o nazista. É que ambos teriam se escondido nesse belíssimo Nahuel Huapi, na região dos lagos da Argentina.

(um breve parênteses: há diversos passeios de barco que podem ser feitos a partir de Bariloche e um dos mais populares é a excursão de meio dia até a Isla Victoria e o Parque Nacional los Arrayanes, cuja floresta é famosa por ter inspirado Walt Disney a criar os cenários de Bambi.)

A floresta dos Arrayanes. O arrayan, parente da nossa jabuticabeira, é uma árvore de caule cor de canela que está praticamente extinta em outras localidades e é preservada aqui.

Milhares de nazistas viviam na Argentina nos anos 1930, e o país foi um porto seguro para muitos outros após a derrota na Segunda Guerra Mundial.

Por isso, há quem jure que o maior de todos os nazis também fugiu de seu bunker. Segundo essa versão, Hitler e sua companheira Eva Braun não se mataram em Berlim em 1945, escaparam dos soviéticos e se mudaram para os arredores de Bariloche.

Eles teriam deixado a Alemanha em um dos submarinos que vinham fazendo a rota para a Argentina, transportando os tesouros pilhados pelos nazistas. O então presidente argentino, Juan Domingo Perón, eleito em 1946, simpatizava com o fascismo e teria facilitado a entrada do casal no país (e enchido os próprios bolsos).

A casa Inalco

Hitler teria se refugiado em uma fazenda próxima de Bariloche até se mudar para a Casa Inalco, às margens do lago.

A casa foi construída em 1943, muito parecida com o refúgio do ditador nos Alpes, seu acesso só é possível por barco ou hidroavião, e acredita-se que foi localizada ali para afastar os curiosos e reforçar a segurança. O terreno da residência pertenceu a Primo Capraro e Federico Baratta, dois italianos que o venderam ao advogado Enrique García Merou, que era próximo do ex-presidente Juan Domingo Perón, o qual, por sua vez, teria sido um “laranja” dos generais alemães.

Nunca foi possível comprovar que o ditador viveu ali. Mesmo assim, a propriedade, que estava à venda por R$ 75 milhões há alguns anos – não consegui apurar se foi vendida ou quem é o atual proprietário – , é chamada de “a casa de Hitler”.



Fontes:

Felipe Van Deursen, UOL

canalhistory.com.br

360meridianos.com








uma propriedade isolada, em estilo bávaro, onde teria vivido até partir dessa para uma pior, em 1962

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