A surpreendente descoberta dos plesiossauros em rios e lagos, além da conexão com a lenda do Monstro do Lago Ness, gera curiosidade e atrai a atenção dos interessados em história, mitos e ciência.

Répteis marinhos pré-históricos com cabeças pequenas, pescoços longos e grandes nadadeiras, os plesiossauros viveram há cerca de 200 milhões de anos, e se espalharam por todos os oceanos da Terra. Encontrados pela primeira vez em 1823, pela paleontóloga britânica Mary Anning, os fósseis dessas criaturas podem atingir de 1,5 metro até 14 metros de comprimento. Acreditava-se que seu habitat era principalmente a água salgada, mas uma descoberta recente mudou completamente essa visão.

Como seriam os plesiossauros

Mais do que isso: essa descoberta alimentou uma teoria que aproxima esses répteis do mítico monstro do Lago Ness, uma lenda popular na Escócia, no Reino Unido. Os caçadores de Nessie, como é conhecida carinhosamente a fascinante besta, ficaram animados.

Pesquisadores de universidades britânicas e marroquinas publicaram recentemente um estudo no qual descrevem descobertas feitas ao sul do Marrocos. No local, onde há mais de 100 milhões de anos haviam rios, os cientistas localizaram fósseis de plesiossauros de pequeno porte, indícios de que essas criaturas viviam e se alimentavam em rios e lagos, ao lado de sapos, crocodilos, tartarugas e peixes. Provavelmente, eles foram se adaptando para tolerar água doce, e alguns talvez tenham passado a existência nela. Um deles poderia ser, portanto, o monstro do Lago Ness!

O monstro do Lago Ness

Claro que a notícia encheu de alegria os caçadores de Nessie, porque abriu uma grande sobrevida para a criatura, mito que alimenta o turismo na região e do qual muita gente tira o seu sustento.

Esse mito ganhou força quando uma foto famosa, obtida em 1934, mostrava o monstro nadando no lago.

Só que a foto era fake news… Acontece que a pessoa enviada pelo jornal Daily Mail de Londres, para capturar uma imagem de Nessie, não conseguiu nada e, para não voltar de mãos vazias, montou uma criatura pescoçuda sobre uma boia e bateu a foto icônica que correu mundo.

Para frustração dos apaixonados, no entanto, a relação entre o dinossauro aquático e Nessie é frágil. A ciência explica o porquê. Primeiro, os plesiossauros sumiram do mapa há 66 milhões de anos, com o restante dos dinossauros, quando o asteroide Chicxulub atingiu a Península de Yucatán, no México, provocando a extinção em massa do fim do período Cretáceo.

Não é só. Mesmo com 37 quilômetros de extensão e mais de 250 metros de profundidade, o Lago Ness foi formado apenas cerca de 10 000 anos atrás, e antes disso era gelo.

O lago é enorme, sim, com 7,4 milhões de metros cúbicos de água e muitos peixes. A água do Lago Ness representa a metade da água doce de todos os lagos da Inglaterra e do País de Gales. Ou seja, existe muita água onde se esconder.

O grande problema, no entanto, é que a verdade se resume à biologia. Pode haver alimento e espaço suficiente no lago, mas não existem sinais de outros monstros como o do Lago Ness vivos, e que poderiam criar uma população viável de animais como a Nessie.

Seja como for, essa descoberta dos cientistas não acabou com o fascínio. Em vez de ser um mito antigo, o monstro do Lago Ness é um mito moderno e que vem sendo influenciado por descobertas científicas, assim como a corrida espacial inspirou os Ovnis. Acredita-se, então, que o monstro do Lago Ness terá vida longa.

Se você não acredita nessa história, que conte outra. 😋





Fontes:

veja.abril.com.br

BBC

Wikipedia

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