A Avenida Paulista já se chamou Rua da Real Grandeza, área que pertencia à Chácara do Capão, propriedade do português Manuel Antonio Vieira, nos idos de 1880. A mata da região era densa e cobria todo o morro com árvores muito altas como o Jatobá, Pau-ferro, Embaúba, entre outras. Por essa razão, o lugar era chamado pelas tribos indígenas que viviam por aqui de Morro do Caaguaçu, ou “Mata-Grande”, no dialeto tupiniquim.


Toda a região servia de passagem para boiadas vindas de uma parte que conhecemos por bairros de Santo Amaro, Pinheiros, Butantã e adjacências. Nos tempos da abertura da Real Grandeza, os animais que vinham do sul da cidade subiam pela Rua Augusta até o ponto mais alto do Morro Caaguaçu, para depois começar a descer e alcançar o Morro do Chá.

Somente no dia 8 dezembro de 1891, por iniciativa de Joaquim Eugênio de Lima, engenheiro que projetou a alameda que recebeu seu nome, a avenida passou a se chamar Paulista, em homenagem às pessoas nascidas na capital. Arrojada, muito larga, com três vias separadas por magnólias e plátanos trazidos da Europa, foi a primeira via pública asfaltada e arborizada da cidade de São Paulo.

Hoje, todos os casarões que enfeitavam a avenida, palacetes que abrigaram as famílias que fizeram a história da cidade, como Matarazzo, Caio Prado, Horácio Sabino, Andraus, Cerqueira Cezar, Dumon’t Villares e tantas outras, foram derrubados junto com as árvores para dar lugar aos altos edifícios que encantam tanta gente…

Cristina Torres
Fontes: Ajorb, Arquivo O Estado, Wikipedia, São Paulo Antiga


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