Charles Perrault e a Frase Mágica ‘Era Uma Vez’

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A origem da frase que encanta gerações

expressão “Era uma vez…” é conhecida por iniciar histórias que nos transportam para o mundo da imaginação. Usada para introduzir contos de fadas e outras narrativas, essa frase sugere um tempo vago e impreciso, marcando o caráter fictício da história. Mas, de onde veio essa expressão?

Origem na literatura francesa

Charles Perrault

O escritor e poeta francês Charles Perrault foi o primeiro a utilizar “Era uma vez”, no século XVII. Em 1694, no conto “Os desejos ridículos”, Perrault introduziu essa expressão, que mais tarde se tornou popular com a publicação de sua coletânea “Histórias ou contos do tempo passado com moralidades”, conhecida como “Contos da Mamãe Gansa”.

Capa de uma edição inglesa de “Contos da Mamãe Gansa”, de Perrault, publicada em 1896.

Perrault tinha 69 anos de idade quando resolveu registrar as histórias que ouvia de sua mãe e nos salões parisienses. Seu livro já citado, “Contos da Mamãe Gansa”, rompeu os limites literários da época e alcançou públicos de todos os cantos do planeta, além de marcar um novo gênero da literatura, o conto de fadas. Ao fazer isto, tornou-se o primeiro a dar um acabamento literário a esse tipo de histórias, o que lhe conferiu o título de “Pai da Literatura Infantil“.

Dentre os contos nessa coletânea, estão “O Gato de Botas”, “Barba Azul”, “A Bela Adormecida” e talvez o mais popular deles, “Chapeuzinho Vermelho”.

Pintura do sueco Carl Larsson, 1881, mostrando Chapeuzinho Vermelho e o Lobo. Na versão original de Perrault, não tem o caçador amistoso que salva a menina e a avó…

A expressão também ganhou popularidade em outros países da Europa. Na Alemanha, os famosos irmãos Grimm também usaram “Era uma vez” em seus contos. Na Dinamarca, Hans Christian Andersen seguiu a tradição.

Os contos de fadas e a expressão “Era uma vez…” desempenham um papel crucial na literatura e na cultura, encantando gerações. Desde suas origens com Charles Perrault até as adaptações modernas, essas histórias continuam a alimentar a imaginação e a fantasia, destacando a importância da narrativa.

Através de incontáveis versões e interpretações, os contos de fadas permanecem uma parte vital do patrimônio cultural, convidando-nos a explorar mundos mágicos e a acreditar no poder da imaginação.

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