As estátuas colossais se espalham por toda a ilha do Pacífico e muitos enigmas ainda persistem
Em 1722, domingo de Páscoa, os marinheiros trabalham a bordo de um navio holandês quando o vigia anuncia “Terra à vista!”. A grande surpresa é que não havia nenhuma ilha marcada no mapa. Como já anoitecia, eles não conseguiam enxergar direito e só viam a silhueta de enormes gigantes, que pareciam vigiar para que os holandeses não desembarcassem. O capitão mandou que o navio ancorasse ao largo, decidindo esperar a manhã para decidir o que fazer.
Com a luz do sol do dia seguinte, eles tiveram outra surpresa: os gigantes continuavam imóveis e, com o auxílio das lunetas, os marinheiros viram pessoas de tamanho normal circulando entre eles! O capitão logo percebeu que tinham se assustado com enormes estátuas de pedra.
Ele resolve desembarcar e batiza a ilha com a data de sua descoberta…
A Ilha da Páscoa
As estátuas colossais, com cerca de 5 metros de altura em média, se espalham pela ilha que fica no Pacífico, a 3500 km da costa do Chile. As estátuas olham para o norte e nordeste, sul, sudoeste e sudeste. Existem hieróglifos por toda parte e, se fossem decifrados, iriam revelar muito sobre a cultura local. Porque há muitas perguntas sem resposta até hoje:
- Quem construiu as estátuas?
- Que ferramentas usaram?
- De onde vieram os pascoenses?
Essa ilha é de formação vulcânica e nas encostas do vulcão há cerca de 200 estátuas incompletas, que se somam às mais de 900 plantadas por toda a área.

Existem três tipos de estátuas gigantes
As primeiras estátuas estão situadas nas praias, na beira do mar. Somam cerca de 250 e algumas delas ficam a mais de 10 km do vulcão, onde foram esculpidas. O segundo grupo fica ao pé do vulcão e algumas estão cobertas pelos hieróglifos, tornando-se ainda mais misteriosas que as demais.
Temos ainda um terceiro grupo de “moais”, as estátuas com pernas…
O que é intrigante é que há muitas estátuas inacabadas, como se os habitantes tivessem abandonado o trabalho repentinamente, por causa de alguma catástrofe, tipo uma invasão da ilha, um tsunami, uma epidemia…

As estátuas para-raios
Como se pode ver no comparativo de tamanhos mais acima, algumas estátuas estão com uma espécie de chapéu. Uma teoria diz que esses moais, que estão mais afastados, serviam de para-raios, já que essa região recebe muitas descargas elétricas durante as tempestades. Ao mesmo tempo, essas estátuas serviam como uma espécie de postes de iluminação para o povo Rapanui, porque, afinal, a pedra é porosa e, ao ficar carregada de energia, emite alguma luz em dias chuvosos!
Os enigmas da ilha misteriosa


Mas a arqueologia já sabe responder como as estátuas caminharam
- Todos os moais foram feitos na cratera ou na encosta do vulcão. Como eram rochas vulcânicas, eram mais maleáveis e mais fáceis de serem esculpidas.
- Depois de prontos, vinha a operação mais delicada, botar os moais de pé para serem transportados… qualquer descuido e a estátua se esborrachava no chão, desintegrando-se.
- Mas, como eram levados tão longe? A costa ficava a mais de 10 km do vulcão! A teoria mais aceita foi demonstrada pela arqueóloga Jo Anne Van Tilburg: eles prendiam as estátuas em forquilhas de troncos de árvores com cordas feitas de fibra vegetal.
- Depois de arrastar o moai até o local onde ficaria, eles o erguiam empilhando pedras atrás dele.
- O retoque final era colocar o “chapéu”, que na verdade representava o coque que usavam.
Bem, essa é a resposta dos estudiosos.
Mas muita gente continua acreditando que foram certos “visitantes” que aprontaram isso tudo… o que você acha?
Bom artigo. Sou Francisco Soares, autor dos estudos sobre os Moai Para Raios. Meu zap 98 9971 1027
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Puxa, muito obrigado, Francisco. Nada como um elogio de quem entende do assunto!
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