O maior rio do mundo

Segundo o Livro Guiness dos Recordes, o maior rio do mundo é o Nilo. Mas, um estudo recente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) defende que o recorde, na verdade, pertence ao rio Amazonas, localizado na América do Sul, mais especificamente entre o Brasil, Peru e Colômbia.
Com ajuda de sensores, tecnologia de geoprocessamento remoto e satélites, os pesquisadores do INPE identificaram que o Amazonas possui 140 km a mais do que o Nilo, diferença que o consagraria como o maior rio do mundo. Na visão do Instituto, o primeiro possui 6.992 km de extensão enquanto o Nilo termina em 6.852 km.
A Enciclopédia Britânica, por outro lado, afirma que o rio Amazonas possui 250 km a menos do que o africano. A polêmica existe porque a comunidade científica não conseguiu entrar em um consenso sobre a localização exata da nascente peruana, impossibilitando padronizar o cálculo de sua extensão.
Por onde passa o Amazonas
Os caudalosos afluentes do Amazonas passam pela Colômbia, Venezuela, Bolívia, Equador, Guiana, Guiana Francesa e Suriname. Não há nenhuma ponte que atravesse esse rio.
O explorador espanhol Francisco de Orellana foi o primeiro europeu a navegá-lo até à sua foz, em 1541. Orellana disse, no seu regresso à Espanha, que os veleiros haviam sido atacados por inúmeras mulheres guerreiras que dominavam o arco e as flechas.
Assim, dando um toque homérico ao relato, decidiu chamar o rio Amazonas como as míticas mulheres que tinham lutado contra Heracles e Aquiles, na mitologia grega.
Os recordes
Com mais de mil afluentes, o Amazonas é vida de milhares de espécies nativas de animais e plantas e ainda participa — como detentor ou cenário — de vários outros recordes. Conheça seis dos mais surpreendentes:
1. Rio mais largo do mundo

O rio Amazonas chega a atingir uma largura de 11 km, o que o torna o mais largo do mundo. Ele é responsável por 20% de toda a água doce que chega aos oceanos. A maior profundidade registrada em toda sua dimensão é de 124 m, mais profundo do que a altura de três estátuas do Cristo Redentor, uma Estátua da Liberadade e um Big Ben.
2. Rio com maior volume

O rio deságua 200 mil metros cúbicos por segundo no oceano Atlântico. Na época de cheia, esse número sobe para 340 mil metros cúbicos por segundo. Essa quantidade de água conseguiria gerar eletricidade o suficiente para toda a cidade de Nova Iorque por quase 10 anos, informa o Livro Guinness.
3. Lendário e recordista

O Amazonas é o lar do boto-cor-de-rosa, considerado o maior golfinho de água doce do mundo, que pode chegar a 2,6 m de comprimento e 181 kg. O mamífero nasce cinza e a famosa coloração rosa surge ao longo da vida, aumentando à medida que o animal envelhece. A tonalidade da coloração do boto varia de acordo com uma série de fatores biológicos, entre eles a alimentação e exposição solar.
4. Jacaré gigante

Outro gigante da natureza que vive nas águas doces do rio Amazonas é o Jacaré-Açu, também conhecido como jacaré negro. O animal é considerado o maior da espécie caimão e pode chegar a 5 m de comprimento e 400 kg.
O nome jacaré negro surge da sua coloração escura, que ajuda na absorção de calor e camuflagem, principalmente à noite. Segundo o site norte-americano de dados sobre crocodilos, CrocBite, o Brasil registrou mais de 80 ataques de jacaré-açu a humanos nas últimas duas décadas. A espécie ocupa o topo da cadeia alimentar e costuma se alimentar de peixes, aves, répteis e capivaras.
5. Tubarão antissocial

Segundo o Guinness, o tubarão-touro é a exceção para a espécie que costuma marcar presença em ambientes marinhos. Apesar de habitar águas costeiras salgadas, o tubarão-touro pode sobreviver em água doce por longos períodos. O animal já foi visto no Amazonas e, por isso, é considerada a espécie de tubarão mais afastada dos oceanos.
Conhecido também como tubarão-cabeça-chata, por possuir o focinho curto e arredondado, o predador pode atingir até 4 m de comprimento e pode viver até 25 anos. Com a ajuda de glândulas e a produção de sais dos rins, essa espécie pode se adaptar aos ambientes de água doce.
6. Recorde chocante!

A enguia-elétrica, ou Poraquê, é um peixe amazônico capaz de gerar de 300 volts à 800 volts. Apesar de ser considerada pelo Guinnes o mais elétrico do mundo, seu recorde foi superado por sua espécime, também da região, o Electrophorus voltai.
Um estudo realizado por pesquisadores da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), do Smithsonian Institution e do National Geographic, foi o responsável por detectar o novo indivíduo, cujo choque pode atingir 860 volts, a maior voltagem já detectada.
A Amazônia localizada no Brasil, com seus parques de conservação, é um dos Patrimônios Mundiais da Humanidade reconhecidos pela UNESCO.
No meu e-book ‘Riquezas do Brasil’, exploro esses locais e muito mais, compartilhando suas histórias e a importância de preservá-los. Disponível na Amazon, convido você a embarcar nessa jornada pela cultura brasileira!
Fontes:
IPHAN
Globo Rural
Wikipedia

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