Deu ruim! Essas novidades impressionaram a todos no lançamento, mas…

Nos últimos anos, todos assistimos à enorme evolução da tecnologia, transformando a forma como trabalhamos e nos comunicamos, com inovações que nem existiam na década anterior. Quem imaginava, há uns 20 anos, ser possível uma televisão em 3D ou você acessar a internet ou ouvir música com seus…óculos?
Mas nem tudo são flores, como diz a sabedoria popular. Diversas dessas inovações, que prometiam ser revolucionárias, floparam redondamente. Veja abaixo algumas delas:
Google Glass

Lançados no início da década passada, os óculos inteligentes do Google fizeram todo mundo acreditar que, em poucos anos, eles estariam espalhados pelo planeta. Afinal, era um produto Google!
Com câmera e microfones acoplados, o Google Glass nasceu olhando para o futuro: com um comando de voz do usuário, os óculos poderiam registrar vídeos ou fazer fotos, além de realizar chamadas, consultar mapas ou tocar música, entre outras funções.
Era um óculos sem lentes, com uma pequena tela no lugar, que ocupava a visão periférica, e podia ficar conectado o tempo todo à internet. Em Dubai, por exemplo, ele chegou a ser testado como uma ferramenta para os órgãos de segurança (eles enviariam a imagem de um suspeito à Interpol, digamos, para que verificassem se era procurado).
O protótipo foi testado por milhares de consumidores entre 2012 e 2015, mas ele parou de ser produzido em 2015. O custo elevado (US$ 1,5 mil, na versão inicial) e mais a desconfiança sobre sua segurança, contribuíram para o fracasso.
TVs 3D

As TVs 3D deram o que falar no início, com muita gente querendo ter a novidade dentro de casa. Mas se a expectativa era de que a tecnologia pegasse de vez, infelizmente acabou logo.
Foram vários os fatores que prejudicaram essa novidade. Primeiro, a tecnologia era embutida em televisões com recursos inteligentes, as smart TVs, e eles é que passaram a chamar mais atenção do que a possibilidade de ver conteúdo em três dimensões.
Mas esses aparelhos de TV eram caros, o que dificultou as vendas. Além disso, os programas em 3D não ganharam tanta força quanto era esperado inicialmente. A grande maioria do conteúdo transmitido pelas emissoras estava disponível apenas em 2D. Ainda havia o problema dos óculos especiais, sem eles você não via o conteúdo.
E aí a coisa pegou… Sem conteúdo em 3D, mais a necessidades dos óculos especiais, mais o alto custo do aparelho de TV, os consumidores não viam motivo para investir nessa novidade. Do outro lado, as emissoras não tinham resultados satisfatórios pelo custo de produção de programas 3D, e eles foram rapidamente cancelados.
O resultado desse embroglio: lançadas entre 2009 e 2010, em 2016 as TVs em 3D desapareceram…
Segway

O Segway foi apresentado em 2001 como um revolucionário dispositivo de transporte pessoal, gerando muita atenção e expectativa da mídia. Mas, lançado a um preço muito alto, US$ 5.000, teve vendas péssimas, e tudo só piorou quando algumas celebridades sofreram quedas épicas pilotando o negócio, como o então presidente americano George Bush.
Seu alto preço de venda o colocou como um produto premium, dificultando sua adoção como um meio de transporte viável, limitando suas vendas à polícia ou empresas de segurança (a gente ainda vê alguns com os seguranças de shopping centers).
O marketing da Segway, mesmo tentando sugerir várias formas de uso, teve dificuldade para encontrar uma aplicação atraente e generalizada. Ele competia com a bicicleta e a caminhada e, além disso, atos regulatórios em algumas cidades restringiram ainda mais o seu uso em calçadas e ruas.
A pá de cal veio com o surgimento dos patinetes elétricos, mais práticos e baratos, e, em 2020, a Segway anunciou que descontinuaria a produção do Segway PT, marcando o fim do transportador pessoal original.
Windows Phone

Até que a ideia da Microsoft era legal: criar um sistema operacional para celulares que competisse com os Androids e IOS, usando como base o Windows, que estava instalado em cerca de 90% dos computadores do mundo.
A Microsoft investiu muito tempo (e dinheiro) no sistema operacional, e até mesmo comprando a divisão mobile da Nokia, a maior fabricante na época, por US$ 7,2 bilhões.
O Windows Phone tinha tudo para dar certo: sua interface era bonita e familiar, era rápido e mais barato que os concorrentes. E, claro, oferecia uma grande integração com os populares serviços da Microsoft.
O celular fez muito sucesso no lançamento, mas logo se tornou obsoleto. O tiro no pé foi a falta de compatibilidade: os desenvolvedores tinham que criar aplicativos exclusivos para os Windows Phone, o que deixou os dispositivos com pouquíssimas opções de apps, sendo logo abandonados pelos consumidores.
Magneto, da Nike

Essa ideia foi muito louca… mas fazia sentido…
Muitos clientes da Nike praticam esportes ao ar livre durante o dia e, para isso, usam óculos de sol, então a marca logo pensou em lançar sua própria linha de óculos escuros.
Criaram designs futuristas e atraentes, contrataram até atletas para a campanha de lançamento…

E o grande diferencial da linha, chamada Magneto, respondia a uma das principais reclamações dos consumidores: o fato de que os óculos costumavam escorregar de seus rostos quando suavam.
Para resolver isso, a empresa decidiu pedir aos clientes que colassem ímãs nas têmporas para garantir que os óculos com bordas magnéticas ficassem no lugar.
Sem nenhuma surpresa, o público não estava disposto a fazer isso e, logo, o Magneto foi cancelado…
BÔNUS
Como você viu, mesmo as empresas gigantes, com um exército de gênios regiamente pagos, fazem grandes… hã… como direi, besteiras… Citei Google, Microsoft, Nokia…
Estava faltando uma, considerada uma das cinco grandes empresas de tecnologia, juntamente com Google, Apple, Microsoft e Facebook… a Amazon.
Ela também decidiu um dia entrar na briga dos celulares, e também sofreu um grande fracasso. Era o:
Amazon Fire Phone
Depois do sucesso dos e-readers Kindle, a Amazon decidiu desenvolver o próprio celular: o Amazon Fire Phone, em 2014.

Lançado em junho daquele ano, ele sofreu um bombardeio logo de cara, por causa do péssimo software, não ter aplicativos do Android ou iOS e ser apenas compatível com a operadora americana AT&T 🙄. Após se tornar um desastre de vendas (vendeu apenas cerca de 30 mil unidades), o modelo chegou a ser oferecido abaixo do preço de custo, antes de ser descontinuado em setembro de 2015 e gerar um prejuízo de US$ 170 milhões para a Amazon.
Viu? Se você já fez grandes cag… digo, besteiras, está em boa companhia…
Fontes:
terra.com.br
zigtec.com.br
tecnologia.ig.com.br


Deixe um comentário