10 inventos revolucionários para os quais ninguém dá a mínima

Pouca gente nota, mas essas discretas criações mudaram o mundo

10. Sabão – Babilônia, 2800 a.C.

Misturando gordura com soda ou potassa cáustica, surge uma solução que remove a gordura. Mesmo tendo surgido há tanto tempo, os romanos achavam que era frescura de bárbaros e preferiam lavar suas roupas com urina – coletadas de voluntários em baldes pelas ruas. Para o corpo, usavam óleo, depois raspado com espátulas. A ideia de se lavar com sabão só foi colar no fim do Império. Na China, só chegou em tempos modernos.


9. Supermercado – EUA, 1930

Por séculos, as mercearias eram as “lojas que tinham de tudo”, com balconistas anotando os pedidos e pegando os itens um a um. Imagine como isso funcionaria numa cidade grande. Não funcionava e Clarence Saunders inventou o self-service em 1916, criando prateleiras onde todos se serviam e levavam até os caixas. Ideia óbvia, mas que nunca havia ocorrido a ninguém. Mas o primeiro supermercado, com o conceito que hoje está espalhado pelo mundo, foi o King Kullen, inaugurado em 1930 pelo empresário americano Michael Cullen.


8. Pneus – Irlanda do Norte, 1887

Ao perceber que seu filho ficava com dor de cabeça ao andar de bicicleta com rodas de borracha sólida, que se usavam naqueles tempos, John Dunlop criou a câmara de ar, para um passeio muito mais confortável de seu pimpolho. Sem os pneus infláveis, a revolução do automóvel seria inimaginável.


7. Vidro temperado – França, 1874

Incontáveis vidas foram salvas por essa modesta criação. Usado em para-brisas de carros, máscaras de mergulho e vidro à prova de balas, parte-se em milhares de pedacinhos ao quebrar, ao invés de formar lâminas letais. Henry Ford insistiu em usá-lo já nos seus primeiros modelos. Sem ele, qualquer acidente seria um pesadelo.


6. Fósforos de segurança – Suécia, 1844

Dominamos o fogo desde os tempos mais remotos, mas nunca o tivemos, literalmente, às mãos. Fogo dava um trabalho danado para acender, e muitas vezes eram mantidos acesos em fogueiras por conveniência – causando incêndios. Foi um alquimista de Hamburgo, Alemanha, chamado Henning Brandt, que descobriu acidentalmente, em 1669, o elemento químico batizado de fósforo ao tentar obter ouro a partir de urina. A descoberta chegou ao conhecimento do físico inglês Robert Boyle (1627-1691), que criou, 11 anos mais tarde, uma folha de papel áspero com a presença de fósforo, acompanhada de uma varinha com enxofre (elemento que se incendeia com facilidade) em uma das pontas. O calor causado pela fricção do palito com a superfície áspera fazia o fósforo liberar faíscas, incendiando o enxofre.  Foi apenas um século depois, em 1826, que os palitos de fósforos, então com 8 centímetros de comprimento, começaram a se popularizar. O inconveniente era que eles costumavam incendiar-se sozinhos dentro da embalagem. Esse problema seria resolvido somente em 1844 com o surgimento do “fósforo de segurança”, recoberto com um agente isolante para não pegar fogo à toa. No Brasil, o produto só passou a ser fabricado no início do século XX pela Fiat Lux.

5. Rolhas – Inglaterra, século 17

 

As garrafas de antigamente eram fechadas com panos embebidos em azeite de oliva. Isso deixava gosto e não permitia a preservação por muito tempo, de forma que o produto só podia ser exportado em barris – que também mudam o sabor. Usadas primeiro em garrafas de cerveja, as rolhas criaram os primeiros recipientes hermeticamente fechados da história, e também os primeiros pressurizados, permitindo a produção do champanhe. E a apreciação de vinhos finos a milhares de quilômetros da origem.


4. Fuso horário – Inglaterra, 1879

A medição das horas era uma bagunça. Cada país determinava seu horário baseado na capital, o que significava que, numa mesma longitude, podiam haver dezenas de horas diferentes. Isso na melhor das hipóteses: dependendo do lugar, cada cidade podia determinar o próprio horário, causando um pesadelo para os operadores de trens e telégrafos. Idealizados por Sandford Fleming em 1879, os fusos horários foram adotados a partir de 1884, quando foi realizada a Conferência Internacional do Meridiano. Nesse evento, realizado em Washington (EUA), definiu-se um meridiano que seria o ponto zero, servindo de padrão para todas as nações mundiais. Assim, por votação, estabeleceu-se que o Meridiano Zero passaria no Observatório Astronômico de Greenwich, na Inglaterra, próximo a Londres. Isto é, o Meridiano de Greenwich passa a ser a referência da hora oficial mundial, a chamada hora GMT (Greenwich Mean Time).


3. Turbina a vapor – Inglaterra, 1884

Motores a vapor eram lentos. O mais rápido girava a 225 revoluções por minuto (r.p.m). A primeira turbina a vapor elevou isso para a 18 000 r.p.m. E a primeira revolução veio nos navios, que puderam se tornar mais rápidos e gigantescos: os grandes encouraçados da Primeira Guerra e o Titanic eram movidos a turbinas a vapor. Os navios não-nucleares adotaram o diesel, mas esse motor continua a ser fundamental: a turbina a vapor é usada em usinas termoelétricas e nucleares. 90% da energia dos EUA vem dessas máquinas. Sim, energia nuclear usa o mesmo princípio da maria-fumaça: a fissão nuclear simplesmente serve para ferver a água…


2. Concreto armado – França, 1853

A maior revolução na arquitetura desde a criação do arco, pelos romanos antigos, consiste em misturar metal e cimento para sustentação. Praticamente tudo o que foi construído no século 20 usa concreto armado. Sem ele, não existiriam o Empire State Building ou o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Niemeyer seria obrigado a se contentar em fazer os velhos caixotes usando tijolos e pedras, como sempre havia sido feito até então.


1. Fixação de nitrogênio – Alemanha, 1909

A mais importante, e a mais controversa das descobertas. O nitrogênio compõe 80% da atmosfera, mas apenas as bactérias sabiam como tirá-lo do ar. Os humanos tinham de se virar quando queriam plantar alguma coisa, recolhendo esterco – o guano, cocô de passarinho concentrado, fazia fortunas para esses empreendedores. Também era usado o esterco humano, fazendo a alegria das múltiplas espécies de vermes que nos habitam. O processo de fixação de Fritz Harber deu origem à revolução agrícola do século 20, sem a qual, para o bem e para o mal, nunca teríamos chegado aos 7 bilhões de habitantes no planeta…

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte:

Aventuras na História

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