
A história da tradicional joalheria começou em 1847, quando Louis-François Cartier assumiu o controle da pequena oficina de joias de seu mestre, Adolphe Picard, localizada no número 29 da Rue Montorgueil, rua mais cara e chique de Paris na época, e resolveu patentear sua própria marca, representada pelo famoso coração entre as iniciais L e C em um losango. Surgia a Maison Cartier, lançando uma das mais luxuosas grifes de relógios e joias do mundo.
Em 1853, implantou o atendimento personalizado e elitizado, abrindo suas portas para uma clientela privada e exclusiva. Pouco depois, em 1859, alugou uma sede no Boulevard des Italiens, cuja vizinhança era a mais sintonizada na moda em Paris. Foi nessa época que suas criações encantaram a Imperatriz Eugénie, esposa de Napoleão III, que encomendou um serviço de chá em prata. O trabalho ficou tão bom que ele passou a ser o fornecedor da corte. Esse era o empurrãozinho que a marca precisava para ir cada vez mais longe e se tornar ainda mais conhecida.
Inovador, Louis Cartier assinou, logo no início do século XX, o primeiro relógio de pulso com pulseira de couro do mundo, desenvolvido especialmente para seu grande amigo, o aviador brasileiro Santos-Dumont, que reclamou do desconforto dos relógios de bolso durante seus voos. Cartier assumiu o desafio, desenhando um relógio de pulso plano com um peculiar aro quadrado.
Em 1909, ele e os filhos abriram uma suntuosa loja em Nova York, localizada no número 712 da badalada 5ª Avenida. No ano seguinte a marca inaugurou lojas em Moscou e no Golfo Pérsico, iniciando assim uma forte expansão internacional, que culminou com a inauguração em 1935 de uma sofisticada boutique em Monte Carlo, seguida em 1938 por uma unidade em Cannes. Em 1942, Louis Cartier faleceu, deixando um legado de criatividade e gênio artístico.
Hoje, criando relógios, joias, perfumes e uma série de outros cobiçados produtos, a marca Cartier está presente nas maiores cidades do mundo, como Nova York, Lisboa, Londres, Seul ou Xangai.
Em 2012, a marca francesa completou 165 anos de pura sofisticação. E, para comemorar tão importante data, Cartier lançou o filme publicitário L’Odyssée de Cartier (“A Odisseia de Cartier”), dirigido pelo artista multimídia Bruno Aveillan, resultado de dois anos de intensos trabalhos de um time de 50 talentosos profissionais. O jornal britânico The Daily Telegraph classificou os 3 minutos e meio do filme como “uma pequena obra-prima”, para cuja confecção a marca francesa, decididamente, não economizou.
Na história, o símbolo icônico da marca – a pantera – realiza uma épica jornada mundo afora rumo a momentos e locações vitais para sua história. O felino foi escolhido por ser o símbolo da Cartier desde 1930, graças a Jeanne Toussaint, lendária diretora criativa da marca, que produziu o bracelete ‘La Panthère’, especialmente para a Duquesa de Windsor. Depois de passar pela Rússia, China e Índia, e pular nas asas do 14 Bis de Santos-Dumont, a pantera termina sua viagem na Place Vendôme, em Paris, onde caminha para o Grand Palais, para encontrar a modelo Shalom Harlow.
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