Em 1953, foi publicado na Espanha um guia de como ser uma boa esposa…
Quem o escreveu foi uma mulher, Pilar Primo de Rivera, que faleceu em 1991. Pilar era irmã de José Antonio Primo de Rivera, fundador da Falange Española, partido político de extrema direita, e filha de Miguel Primo de Rivera, ditador espanhol na década de 1920.
O guia basicamente ensinava como as mulheres deveriam se comportar para que seus maridos fossem felizes. Uma série de dicas mostrando que a esposa deveria viver para servir, sempre à disposição de um marido. Um guia de submissão. Claro que era um produto de seu tempo, ainda mais machista e opressor do que os dias atuais. E mostra como a ideia da submissão feminina veio sendo construída e sendo arraigada na mentalidade das famílias.
Tenho certeza de que, para muitos, a leitura deste guia hoje parecerá mais uma caricatura, mas sei que para outros – e sem brincadeira! – poderá parecer realmente uma “fórmula” para se conseguir um casamento perfeito.
O mais irônico de tudo é que Pilar nunca se casou, e sempre pregou que as mulheres devem ser “femininas, não feministas”.
O guia segue abaixo em espanhol, mas dá para entender as linhas gerais:
01 – Prepare o delicioso jantar para ele
02 – Esteja sempre arrumada
03 – Seja sempre interessante, uma de suas obrigações é distraí-lo.
04 – A casa deve estar impecável!
05 – Ele tem que se sentir no paraíso
06 – Cuide de seus filhos, deixe as crianças limpas e arrumadas.
07 – Não faça barulho, desligue o aspirador e a máquina de lavar, mande os filhos se calarem.
08 – Procure sempre estar feliz
09 – Escute-o
10 – Coloque-se no lugar dele, sem reclamar se ele chegar tarde, ou se for se divertir sem você ou se não vem pra casa toda noite.
11 – Não reclame de problemas insignificantes.. Qualquer problema seu é um mero detalhe se comparado com o que ele tem que passar
(Bônus) Faça-o se sentir à vontade, ofereça uma bebida quente e tire os sapatos dele.
Este guia é verdadeiro, e foi publicado numa revista há 62 anos…
Fontes: taringa.net publimetro.com.mx neinordin.com.br
Sempre repito que nasci na época errada. Vou pensar melhor a respeito. A não ser que eu nascesse homem. Que mordomia não?
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Não sei se vc nasceu na época errada, o que sei é que vc é a pessoa certa pra esta época! Rsrs…
Agora, falando ainda mais sério, que coisa horrível esse manual – e confirmei duas coisas: 1) ele é verdadeiro, saiu mesmo numa revista da época; 2) era esse mesmo o comportamento, inclusive aqui no Brasil.
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A B S U R D O !
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Olá!Claro está li a matéria. E li os comentários de vocês, Julio e Jaqueline… O que causa uma vertigem daquelas é saber que vários países da América do Sul e que várias mulheres que vivem neles ainda atuam desta forma.
Aqui no Perú eu vi com os meus olhos, poucos meses atrás.
E só para aumentar a sensação de desmaio, essa era uma prática comum nos EUA nos anos 30, 40, 50.
Ops! Quase esqueci, Era muito comum na Itália também.
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