O sal foi o primeiro tempero da civilização. Ele traz qualidade de vida aos homens desde as épocas mais remotas.
O sal é uma combinação de dois elementos químicos: sódio (Na+) e cloro (Cl-). O sódio é um metal tão instável que se inflama em contato com a água e o cloro é um gás letal. O resultado da combinação entre os dois elementos, entretanto, resulta numa substância fundamental para a vida no planeta.
Nos animais, o sal regula a troca de água entre as células e seu meio externo, ajudando-as a absorver os nutrientes e eliminar os detritos para a corrente sanguínea. O sódio é necessário para a contração muscular, incluindo as batidas do coração, e para a transmissão dos impulsos nervosos.
O excesso de consumo de sódio, porém, pode ser prejudicial à saúde, não exagere, nem passe dos limites recomendados para ingestão desse elemento.
Quando o homem começou sua aventura no planeta, o sal não era problema, pois o suprimento diário de cloreto de sódio era obtido a partir da carne crua dos animais que caçavam.
Porém, quando surgiu o fogo, as coisas mudaram. Com o cozimento da carne perde-se o sal naturalmente contido no alimento e aquele sabor, essencial à vida, precisava ser buscado em outro lugar. O homem começava aí sua grande corrida pelo sal.
As primeiras minas (no início, o sal era extraído das minas a céu aberto, e hoje também é retirado do mar) fizeram a riqueza de muitos povos antigos. Era comercializado literalmente a peso de ouro – grama de pó branco contra grama de metal dourado. O que levou Cassiodoro, o senador romano, a observar: “Alguns não precisam de ouro, mas qual é o homem que não precisa de sal”?
A principal via de transporte da Roma antiga chamava-se Via Salaria (Estrada do Sal), por onde os soldados transportavam os carregamentos dos cristais preciosos para a cidade. Como pagamento, eles recebiam o salarium, que significava “dinheiro para comprar sal”. A palavra ficou e a usamos até hoje, sem desconfiar de suas origens.
Marco Pólo descreveu as moedas de sal cunhadas com o selo de Gengis Khan. Até o início do século XX, a Etiópia usava discos de sal como moedas e em algumas regiões da África central era possível comprar uma noiva com um bom carregamento de sal.
Tão valioso, o sal ganhou um significado quase sagrado. Tornou-se sinônimo de graça, espírito, sabedoria, pureza e hospitalidade. O poeta grego Homero chamou-o de “divino”. O filósofo Platão definiu-o como a “substância cara aos deuses”. “Vós sois o sal da terra”, disse Jesus, segundo a Bíblia . Os hebreus selavam seus acordos trocando sal. Os beduínos, na Arábia Saudita, não atacavam um homem cujo sal haviam partilhado alguma vez.
Tanto hebreus, quanto gregos e romanos, costumavam salgar os sacrifícios oferecidos aos deuses. Nesses rituais está a origem de uma das superstições mais comuns da Antiguidade. Se o sal era derrubado na hora do sacrifício, isso prenunciava má sorte.
Mas o sal também tem muitos usos em casa, para além de temperar a comida. Por exemplo, na limpeza doméstica!
Veja só:
- Elimina toda a sujeira que se produz por queimas ou derramamento nas panelas, frigideiras, panela de pressão, forno e boca do fogão. Aplique sal e retire com toalha de papel.
- Retira as manchas de vinho dos tecidos: você deve secar aplicando sobre a área atingida uma quantidade generosa de sal. Deixe por alguns minutos e depois enxágue a peça, caso se trate de uma roupa. Se for um tapete, varra e passe o aspirador.
- Desodoriza e limpa a geladeira. Aplique sal e água com gás na porta e dentro da geladeira por alguns minutos antes de descongelar ou limpar.
- Elimina as manchas de ferrugem nos tecidos, misturando um pouco de sal com suco de limão, umedecendo bem e depois secando ao sol. Lave depois, como de costume.
- Reduz o mau cheiro nos frascos e garrafas, tanto de vidro como de plástico. Adicione uma colher de sal dentro do recipiente e deixe por alguns minutos. Lave-o normalmente com detergente ou outro produto de limpeza.
- Retira as manchas da banheira, pia do banheiro e da cozinha. Faça uma mistura de aguarrás com sal. Aplique sobre as superfícies e deixe por 15 minutos. Desse modo, aquela incômoda cor amarela sairá. Depois, passe uma esponja úmida para retirar os excessos e ficar com as peças limpas.
- Dá brilho às peças de bronze, estanho, prata e cobre. Faça uma mistura em partes iguais de vinagre, farinha e sal. Aplique nos objetos e deixe por quinze minutos. Retire com uma escova suavemente e seque com um pano seco. Depois é só polir.
- Dá brilho às cores das roupas ao lavá-las, como, por exemplo, as cortinas e os tapetes de fibras naturais.
- Remove as manchas de suor da roupa. Coloque quatro colheres de sal em um litro de água quente. Esfregue com uma esponja até que a auréola desapareça.
Fonte:
http://melhorcomsaude.com/
Deixe um comentário