Howard Carter ficou conhecido por ter descoberto a tumba do faraó Tutankhamon no Vale dos Reis – localizado no Egito – e por inovar os métodos de análise dos túmulos.
Conhecedor de vários dialetos árabes, aos 27 anos tornou-se inspetor-chefe dos monumentos do Alto Egito e Núbia. Sua primeira missão foi em Bani Hassan, onde foi incumbido de gravar e copiar as cenas nas paredes dos túmulos dos príncipes do Médio Egito. Dizem que ele trabalhava ao longo do dia e dormia com os morcegos nos túmulos durante a noite.
Em 1922, Carter encontrou os degraus que o levaram ao túmulo de Tutankamon. O arqueólogo descobriu o túmulo faraônico mais bem preservado que já havia sido encontrado até então. Os meses seguintes foram dedicados a catalogar o conteúdo de antiguidades que foram encontradas e , um ano depois, encontrou uma casa mortuária e o sarcófago de Tutankamon.
Máscara mortuária de Tutankhamon
Qual terá sido a verdadeira aparência do faraó Tutankamon? A tecnologia da tomografia computadorizada em 3D foi empregada para tentar responder a essa pergunta. A técnica permitiu reconstituir a face e características do crânio do faraó a partir da sua múmia. Em 2005, a cabeça do faraó foi escaneada em camadas com 0,62 milímetros de espessura para registrar suas complicadas estruturas. Então, um renomado antropólogo forense francês, Jean-Noël Vignal, utilizou centenas dessas imagens em 3D para fazer um “mapa do crânio”. Ele determinou as medidas básicas e as características da face de Tutankamon, inclusive a posição da boca, o formato do queixo, a escala de tamanho do nariz e a espessura da pele. Com emprego desse “mapa” foi feita em silicone uma reconstituição da face do faraó. A antropóloga e escultora que o criou, Elisabeth Daynès, ocupa uma das lideranças mundiais em seu ramo de trabalho. Ela se baseou nas informações referentes à profundidade do tecido para espalhar argila sobre modelos de plástico do crânio. Depois acrescentou camadas de silicone semelhante à pele, estimou a densidade das sobrancelhas e as formas e tamanhos aproximados do nariz, lábios e orelhas.
Os últimos retoques foram a colocação de olhos de vidro e o implante dos cabelos. Com relação ao tom da pele, que na realidade pode ter variado do muito escuro ao muito claro, foi usado o tom comum médio dos egípcios da atualidade. Acrescentou-se a maquiagem dos olhos conhecida como kohl, pois deve ter sido usada pelo rei. O resultado pode ser visto na foto acima.
Deixe um comentário