Os robôs povoam a imaginação dos seres humanos com mais intensidade desde que essa palavra foi inventada na peça de teatro R.U.R., de 1921. De autoria do checo Karel Kapek, a palavra “robô” vem do termo “robota”, que significa trabalho compulsório nas línguas eslavas. R.U.R. são as iniciais de “Rossum’s Universal Robots” e conta a história de um brilhante cientista chamado Rossum que desenvolve uma substância química similar ao protoplasma. Ele utiliza essa substância para a construção de humanoides (robôs), com o intuito de que estes sejam obedientes e realizem todo o trabalho físico. De início, os robôs ficam contentes em servir, mas depois, seu líder se revolta e começa uma batalha com o objetivo de destruir a raça humana.
Eu li essa peça quando foi publicada na íntegra num dos volumes da famosa coleção portuguesa “Argonauta” de livros de bolso, e é sensacional.
Karel Capek
Ilustração dos robôs da RUR, conforme libreto de 1921.
Os robôs, de fato, eram mais parecidos com a moderna definição de clones, uma vez que eram feitos de matéria orgânica. O que importa é que o termo “robô” foi difundido em todo o mundo por conta da extrema popularidade que a peça obteve, e por volta de 1923, ela já havia sido traduzida para mais de 30 línguas.
A revolta dos robôs, numa encenação de 1922.
Hoje em dia, o conceito de robô é lugar-comum na ficção e também na vida real. Os robôs são comumente utilizados na realização de tarefas em locais mal iluminados, ou na realização de tarefas sujas ou perigosas para os seres humanos. Os robôs industriais utilizados nas linhas de produção são a forma mais comum de robôs, uma situação que está mudando recentemente com a popularização dos robôs comerciais limpadores de pisos e cortadores de grama. Outras aplicações são: tratamento de lixo tóxico, exploração subaquática e espacial, cirurgias, mineração, busca e resgate, e localização de minas terrestres. Os robôs também aparecem nas áreas do entretenimento e tarefas caseiras.
Na área do entretenimento, vimos o presidente Obama interagir com um robô da Honda durante sua recente visita ao Japão:
Sei lá, eu achei meio assustador, aquele robõ olhando para o Obama…
Agora, assustador mesmo foi o que o artista americano Jordan Wolfson construiu, com a ajuda de seus amigos da Spectral Motion: uma dançarina que se exibiu numa galeria em Nova York:
Ele a equipou com tecnologia de reconhecimento facial, e a bailarina então seguia os visitantes enquanto andavam pela sala… Com movimentos perfeitos, revestida de material sintético que simula a pele humana, uma barra de ferro perfurando o peito e um rosto de filme de terror, essa bailarina dá calafrios…
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