Esse mundo é mesmo muito louco…
Na Tailândia, em Samut Songkhram – a coisa de 40 quilômetros de Bangcok -, existe um mercado ao ar livre que vende de tudo: frutas tropicais e legumes em grandes pilhas coloridas, uma grande variedade de especiarias secas, pastas e ervas, frutos do mar recém-pescados e outros alimentos locais.
A única diferença em relação aos outros mercados – e às feiras-livres no Brasil – é que ele fica bem em cima dos trilhos de uma ferrovia.
E não é uma força de expressão, o mercado fica de fato em cima dos trilhos! Quando o pessoal que ali trabalha ouve o apito da locomotiva, eles recolhem os produtos, levantam os toldos e deixam passar o trem, que cruza a feira diariamente por três vezes, duas de manhã e uma de tarde! O trem passa quase tocando as mercadorias, e todo mundo se espreme debaixo das barracas.
Depois que o trem passa, os vendedores recolocam tudo como estava antes, descem os toldos das barracas e os clientes voltam, como se nada tivesse acontecido. O mais curioso é que não são os feirantes que invadiram o espaço da ferrovia, já que a feira existe no mesmo lugar desde antes que a via férrea fosse criada, em 1905!
Maeklong é o nome desse mercado, que fica de fato num grande edifício cheio de bancas mais ou menos organizadas, mas que acabou crescendo para fora, e a ferrovia acabou passando no meio dessa extensão do mercado. E se transformou numa atração turística, porque mesmo aos olhos dos orientais, não é todo dia que se vê um trem passando no meio de uma feira!
E quando soa o apito, à boa maneira tailandesa – isto é, sem estresse e quase sempre com um sorriso nos lábios -, os comerciantes recolhem as mercadorias e ficam assistindo o trem passar, e é impressionante de se ver (segundo os relatos de quem já esteve por lá) que quase nada é esmagado debaixo da composição. Depois que o trem vai embora, a vida continua em Maeklong.
É um espectáculo digno de se ver, como no vídeo abaixo, mas dizem que esse espetáculo pode ter os dias contados. Prevê-se para breve a abertura de um grande supermercado que, de certa forma, pode acabar com o futuro dessa feira tradicional. É melhor apressar-se, portanto, se quiser ver a banda passar… Digo, o trem passar em Maeklong.
Fonte:
Julinho, minha nega… qualquer mineiro que abrisse uma barraquinha lá (o que não é difícil), a todo instante iria dizer: “Ô trem doido, sô!”
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