“Tico-tico no Fubá” é uma das músicas brasileiras mais conhecidas no mundo. Composta por Zequinha de Abreu em 1917, foi gravada por praticamente todo mundo que importa: Pixinguinha, Ademilde Fonseca, Ney Matogrosso, Zizi Possi, Ray Connif, Paco de Lucia, Sivuca, Daniela Mercury…
E apareceu também no curta “Watercolor of Brazil + Tico-Tico no Fubá” que faz parte do longa Saludos Amigos, de Walt Disney, e que estreou nos cinemas em 1942. O filme trazia um novo personagem, Zé Carioca, passeando pelo Brasil com o Pato Donald e o ensinando o samba (com as músicas “Aquarela do Brasil” e “Tico-tico no Fubá“).
Em 1947, a grande Carmem Miranda estrela, ao lado de Groucho Marx, a comédia musical Copacabana – que deveria ter sido filmada em cores, mas um corte de verbas obrigou os produtores a rodar tudo em branco e preto. No filme, Carmem interpreta “Tico-Tico no Fubá” com toda a sua exuberância. No clipe abaixo, colorizado, a gente pode ter uma ideia de como teria sido o filme se não faltasse dinheiro!
Bem, tudo isso foi como introdução para o que eu queria mostrar, seguindo uma sugestão do publicitário-professor-músico-fotógrafo Aurélio de Oliveira, que além de tudo ainda faz um molho a bolonhesa de dar inveja à nonna: a propósito deste post, ele disse que não existe música nova ou antiga, existe música boa ou ruim. E citou justamente “Tico-Tico no Fubá” tocado por uma banda russa.
Bem, aí estão eles: o quarteto 4-Tissimo, formado pelo russo Dimitri Illarionov, as ucranianas Nadja Kossinskaja e Shelyazhenko Oksana e a bileorrussa Yuliya Lonskaya; não só desafiaram a si mesmos, como o fizeram em grande estilo. Executam esse ícone do chorinho em apenas 2 violões — isto mesmo, são 8 mãos tocando 2 violões.
Como bônus, apresento duas versões opostas e sensacionais. A primeira é do grupo americano The RedSkunk Jipzee Swing Band, que toca uma mescla da música americana de raiz e o jazz europeu nos anos 1930.
E a segunda, Daniel Barenboim e a Filarmônica de Berlim. Show!
Deixe um comentário