Quando eu era pequeno, assisti no cinema o desenho “101 Dálmatas” e fiquei encantado. Não apenas pela magia do movimento, pela emoção da história e pela crueldade da vilã, Cruella Cruel, que desejava sacrificar todos aqueles filhotinhos de dálmata para fazer um casaco de pele.
Mas também por uma sequência marcante logo no início do filme, quando Pongo procura uma garota para seu dono, e fica na janela do seu apartamento em Londres avaliando as possíveis candidatas (eu me lembro de pensar também: “Todo mundo em Londres anda de olhos fechados!” Ah ah ah ah!):
Desde então, fico avaliando na rua ou no parque se o dono está com a cara do cachorro e vice-versa. Muitas vezes, é muito igual, e aí tenho que virar o rosto e soltar uma gargalhada. Se a pessoa me visse rindo, primeiro não iria entender o motivo, e depois poderia parecer grosseria… Mas não é, juro: é que na hora me vem a sequência do desenho animado.
O interessante é que isso não foi apenas uma sacada dos roteiristas do filme, e nem é uma alucinação minha.
Um estudo desenvolvido pelos psicólogos americanos Michael M. Roy e Nicholas J. S. Christenfeld, da Universidade da Califórnia em San Diego, mostrou que, muitas vezes, o que atrai um dono é a semelhança com o cachorro!
Interessados em saber se realmente as pessoas partilham traços físicos ou psicológicos com seus bichos, eles fotografaram, em um parque público, 45 donos e seus respectivos cães – 25 de raça e 20 vira-latas. Depois, mostraram a voluntários que não tinham acompanhado a pesquisa as fotos dos proprietários, de seu animal e a de outro cão. Em 16 dos 25 casos apresentados de cães de raça, os observadores escolheram o par correto. Algo parecido com as fotos abaixo (não foram exatamente esses, mas a ideia era essa):
Roy e Christenfeld constataram que, de forma mais ou menos consciente, as pessoas tendem a preferir um cachorro que se assemelha a elas, ao menos no caso de animais que possuem características bem definidas e previsíveis. As possibilidades de semelhança com o vira-lata são mais imprecisas, já que no caso dos animais sem raça definida, é mais difícil antecipar o aspecto futuro do filhote. Nesse caso, talvez fosse necessário levar em conta também a convivência e a relação, mas isso exigiria uma pesquisa mais aprofundada.
O que se sabe é que, de fato, a cara de um é o focinho do outro. Veja as fotos abaixo, de alguns cães, e veja se alguns humanos não se parecem mesmo com eles?
Fontes:
Disney
http://www2.uol.com.br/vivermente
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