Gosto de São Paulo, vivo aqui minha vida toda, admiro as pessoas que trabalham e se divertem aqui, mas não posso negar que certas coisas me deprimem, e uma delas é ver como nossas autoridades e políticos manipulam o dinheiro que arrecadam da gente. Vejam o caso do metrô e comparem como as coisas são em Estocolmo e aqui. Será que custa tanto a gente ter algo parecido e ver o dinheiro dos impostos voltar assim?
O metrô de Estocolmo tem três grupos (azul, verde e vermelho) e sete linhas. A cidade tem quase 1 milhão e meio de habitantes e a área metropolitana tem 2 milhões e tanto de pessoas, e olha como são servidos de transporte público. Aí vão vir com a desculpa de que São Paulo tem dez vezes mais habitantes, tudo aqui é mais complicado e blá-blá-blá… Só que a população de Estocolmo tem metrô desde 1950 e o nosso começou a operar apenas 24 anos mais tarde! (já se estudava a construção de metrô em São Paulo desde 1948, mas TODOS os projetos foram abandonados…)
As linhas de Estocolmo seguem a malha rodoviária urbana, ou seja, o metrô foi planejado para que suas estações se situem exatamente sob as esquinas das ruas, assim, é possível planejar saídas nos quatro pontos da esquina e minimizar riscos de acidentes envolvendo pedestres, já que os mesmos “atravessam a rua por baixo”. Fora que, durante a construção de suas mais de 50 estações subterrâneas (existe outro tanto na superfície), eles aproveitaram a rocha natural, economizando tempo e dinheiro em obras inúteis e criando formas de expressão artística:
O metrô de Estocolmo é exemplo de planejamento e mobilidade urbana, além de ser uma galeria de arte e design gratuita. São Paulo tem muito a aprender em projetos de metrô… o último bem planejado foi o da Estação São Bento, que integra a cidade com elementos de mobilidade urbana. O resto são caixas enterradas e mal planejadas.
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