Como está The Line, a cidade futurística da Arábia Saudita

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The Line é uma cidade futurística em linha reta no meio do deserto. Parte do mega projeto NEOM na Arábia Saudita, a estrutura promete ser um marco da arquitetura moderna: 170 km de extensão, zero emissões de carbono e uma utopia urbana espelhada entre dois prédios gigantes.

Anunciada em 2021 como uma das maiores apostas de reestruturação urbana da história moderna, a The Line é parte do projeto NEOM, liderado pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. A proposta é ambiciosa: essa megacidade sem ruas, sem carros e com uma parede espelhada de 500 metros de altura, abrigará até 9 milhões de pessoas.

Mas, em 2025, como estão as coisas por lá?

A obra já mobiliza 140 mil trabalhadores, e o primeiro trecho, chamado Hidden Marina, deve ficar pronto até 2030. Essa parte inicial, de 2,5 km, vai abrigar 200 mil pessoas e incluir um estádio para a Copa do Mundo de 2034. Até agora, mais de 1.000 das 30.000 estacas de fundação necessárias já foram instaladas, com 120 sendo colocadas por semana. O projeto consome tanto material que está usando 20% do aço disponível no mundo.

Mas nem tudo saiu como o planejado. A meta original era ter 1,5 milhão de moradores até 2030, e o sonho dos 170 km completos agora ficou para 2080, com um custo estimado em US$ 8,8 trilhões (mais de 25 vezes o orçamento anual da Arábia Saudita).

O design também gerou desafios. O príncipe herdeiro Mohammed bin Salman rejeitou reduzir a altura dos edifícios de 500 metros para algo mais viável, mantendo a proposta de uma cidade espelhada, sem carros, movida a energia renovável e com um trem ultrarrápido. Só que o consumo absurdo de vidro e aço continua sendo um problema logístico.

Além disso, há preocupações ambientais: uma estrutura gigante e espelhada no meio do deserto pode superaquecer a região e afetar ecossistemas.

A proposta da megacidade da Arábia Saudita é vender uma vida mais eficiente, limpa e integrada: cinco minutos de caminhada até qualquer serviço básico, transporte subterrâneo de alta velocidade, ausência de emissões e convivência em comunidades conectadas por inteligência artificial. Mas tem quem questione se viver entre paredes de vidro, sem ruas ou horizonte aberto, não seria um pesadelo quase distópico.

No fim das contas, The Line é um projeto ambicioso, mas cheio de obstáculos. Será que ela vai virar realidade, como o prometido? Ou vai acabar sendo apenas mais um sonho megalomaníaco no meio das areias do deserto?

Fontes:

Wikipedia

terra.com

english.alarabiya.net

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