Mudanças na Antártida: o aumento da vegetação

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Isso não é uma boa notícia

Conhecida pelos enormes icebergs, a Antártida vai ficando cada vez mais verde: vegetação vem cobrindo o território de forma acelerada. Acima, área da península chamada Ilha Barrientos (62°?S)
Conhecida pelos enormes icebergs, a Antártida vai ficando cada vez mais verde: vegetação vem cobrindo o território de forma acelerada. Acima, área da península chamada Ilha Barrientos. Imagem: Divulgação/Nature Geoscience

Cientistas alertam para o aumento gradual da presença de plantas na Antártida, continente com características climáticas extremas. Segundo pesquisadores, o aquecimento global tem causado o derretimento das geleiras de forma mais acelerada do que o previsto, alterando o ecossistema e abrindo espaço para plantas como musgos. Fotos divulgadas em estudo recente ilustram a gravidade da situação na região.

O que aconteceu

Estudo analisou a quantidade de vegetação presente na Antártida. Segundo dados da pesquisa publicada na revista Nature Geoscience, entre 1986 e 2021 a cobertura vegetal na Península aumentou mais de 13 vezes: de 0,863 km² para 11,947 km². A análise foi feita por especialistas das Universidades de Exeter e de Hertfordshire e do instituto British Antarctic Survey, todos da Inglaterra.

Nos últimos anos, o crescimento da área coberta por vegetação foi ainda mais acelerado. À medida em que a temperatura dos oceanos aumenta devido ao aquecimento global, as camadas de gelo da Antártida estão derretendo, ameaçando um aumento do nível global do mar e colocando comunidades costeiras em risco.

Com o desaparecimento do gelo, musgos têm tomado conta de parte da Antártida. De acordo com a pesquisa, a presença crescente de musgos na Antártida indica uma “mudança radical futura na biologia terrestre” da região.

As comunidades de musgo têm um papel central na conversão de superfícies rochosas nuas em solo com vegetação. Portanto, compreender a taxa, a natureza e os controles sobre as mudanças nos ecossistemas dominados por musgo é fundamental para abordar a questão do esverdeamento da Antártida.

Ilha Ardley, na Antártica, com cerca de 1,6 km de comprimento e lar de várias colônias de pinguins • Dan Charman

O colapso da Antártida e seus riscos

A região está aquecendo mais rápido do que a média global. Caso a geleira entre em colapso total, o nível dos mares em todo o mundo deve subir 65 centímetros, submergindo grandes áreas costeiras.

A região tem impacto direto nas condições climáticas mundiais. Segundo a Marinha do Brasil, a Antártida é o “principal regulador térmico do Planeta”, controlando as circulações atmosféricas e oceânicas que se espalham pela Terra. Dona de 90% das reservas de gelo do Planeta, a Antártida também concentra 70% da água doce em geleiras de todo o mundo.

Os riscos associados ao colapso das geleiras incluem ainda:

Mudanças climáticas extremas: O desequilíbrio no sistema climático pode agravar os fenômenos como furacões, secas e inundações, que já estão se tornando mais frequentes.

Perda de biodiversidade: A biodiversidade local, incluindo espécies como os pinguins e focas, será severamente afetada.

O que podemos fazer para minimizar os impactos

Devemos reduzir as emissões de carbono, antes que seja tarde demais. E nós, como habitantes, podemos levar mais a sério a preservação ambiental. Aqui no Brasil temos reservas de preservação e proteção de nossa fauna e flora.

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    Fontes:

    Uol

    Wikipedia

    umsoplaneta.globo.com/

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