O camarada Urbano Luciano (https://www.facebook.com/Urbano01/about) deu a dica …

Mas antes, um pouco de história. Houve um tempo em que a gente comprava música, e a ouvia, de uma maneira diferente da de hoje. Ainda não existia MP3 e nem essa de fazer download na internet. Você precisava comprar o disco de vinil, ou LP (long-play), uma mídia para reprodução musical que usava esse material plástico onde se registrava as informações de áudio que eram reproduzidas em um toca-discos.

Ficheiro:Vynil vinil 92837841.png

Isso era um disco de vinil, ou LP. Essas ranhuras circulares eram as faixas, cada uma uma música.

Isso é um toca-discos. Você geralmente acoplava nele caixas de som poderosas e,  se ouvisse um LP do AC/DC, podia derrubar a casa.

O LP começou a perder espaço na década de 1990, com o advento de outras mídias, mas voltou timidamente na primeira década deste século. Os audiófilos preferem o vinil por acreditarem que ele reproduz o som com mais fidelidade que o CD, pois sendo uma mídia analógica possui graves e agudos mais bem definidos.

Mas o LP, à parte a questão da qualidade sonora, tinha uma característica que se perdeu hoje: a arte de suas capas. Quando os LPs dominavam as prateleiras das lojas de disco (aliás, hoje nem lojas de discos há mais…), as capas eram o espaço para obras-primas do design e, não poucas vezes, eram mais memoráveis até do que o próprio conteúdo do disco. E esse movimento de se usar a capa como instrumento poderoso de marketing começou… Por causa do dinheiro!

O aumento contínuo das compras de jukeboxes nos Estados Unidos em meados dos anos 1950 resultou na venda de milhões de álbuns. Como consequência, a indústria fonográfica começou a investir mais no marketing musical. Uma mudança veio em 1955, com o disco “In the Wee Small Hours”, de Frank Sinatra, que foi um lançamento-chave na época, porque todas as suas músicas foram escritas e gravadas especificamente para o álbum, indo na contra-mão dos LPs pops que, em sua maioria, eram apenas a união de diversos singles aleatórios.

O disco de Sinatra foi o ponto de partida para novos designers que o sucederam, seguindo a capa, que era diferente das convencionais da época: um retrato sorridente do artista. Esta exibia o cantor refletindo com um cigarro na mão (na época, era chique portar cigarro) em uma rua deserta. 

Foi a partir de então que a arte migrou definitivamente para as capas dos LPs e, algumas vezes, para os próprios LPs. Há capas icônicas, históricas e fantásticas, e algumas delas vêm a seguir:

Dangerous, Michael Jackson

Dark Side of the Moon, Pink Floyd

Esta capa é o ícone dos ícones: Abbey Road, The Beatles em seu melhor

Outra arte icônica, que virou camiseta, inclusive: Led Zeppelin I, Led Zeppelin

Highway to Hell, AC/DC

Sgt. Peppers Lonely Heart Club Band… Talvez ele seja o disco mais lendário dos Beatles; teve sua capa copiada centenas de vezes; é frequentemente citado como o melhor e mais influente álbum da história do rock e da música; é rodeado por uma série de lendas… E tem uma saborosa história por trás da produção dessa capa, mas que eu conto outra hora.

Nevermind, Nirvana

Baden Powell À Vontade

Expresso 2222, Gilberto Gil

Verde que te Quero Rosa, Cartola

Mas nem tudo eram flores… Ao lado dessas obras-primas, surgiram também aberrações de todos os tipos, como as que mostro a seguir:

                    

Bem, acho que provei meu ponto. O LP era muito mais divertido!

 

 

 

 

2 respostas para “As piores e as mais icônicas capas de álbuns”.

    1. Pelamor, tem umas que parecem sem querer, só que não!

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