Li algo muito interessante em um livro e quero compartilhar. Mas antes, um pouquinho de História:
O Muro de Berlim era uma barreira física, construída pela República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental. Esse muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos: República Federal da Alemanha (RFA), que era constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos; e a República Democrática Alemã (RDA), constituído pelos países socialistas simpatizantes do regime soviético. Foi o ápice da chamada Guerra Fria.
Construído em 1961, tinha 66,5 km e provocou a morte e a prisão de milhares de pessoas nas diversas tentativas de o atravessar. Durante sua existência, de 1961 até sua derrubada, em 1989, ele separou as pessoas e a Alemanha durante mais de um quarto de século. Depois da queda do muro, as Alemanhas se reunificaram em 1990.
O muro foi derrubado e o governo de Berlim marcou seu percurso no chão, tendo preparado a reconstrução de alguns trechos.
O que eu li em um livro, e achei interessante, é o seguinte (o personagem se refere ao Muro de Berlim e comenta que estava lá quando o muro foi derrubado e, apenas um ano depois, ao voltar à cidade, a muralha havia desaparecido de vista):
“… Foi como se essa coisa terrível, essa pedra angular da história do século XX nunca tivesse existido… Essa é uma característica humana básica: precisamos higienizar o passado para que possamos seguir em frente.”
Fiquei refletindo sobre essa frase.
Apagar o passado resolve? Ou é preciso resolver esse passado, reviver o fato e entender seu impacto, senão vai parecer que aquilo que passou… De fato não passou.
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